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sábado, 26 de novembro de 2011

NÃO SENTIR NADA










... o relógio cravou as 23:31 e o que pude perceber naquele momento era o quanto eu era insignificante. Não pelas roupas que usava, afinal, não estavam tão longe da ultima estação. E não era a minha aparência, estava até mesmo de barba feita, mas algo que nunca poderia perceber em toda a minha existência. Uma falta tão cruel e simplória que até mesmo uma criança poderia tê-la notado. Mas não eu. O cara de uns vinte e poucos, de mente aberta para coisas que me interessasse e totalmente ditador para o que não me agradava. Um cara com idéias, planos, mas seriam apenas planos particulares sem o efeito da realização. O cara que fazia rir, que dava força, que sabia conquistar. Eu não era nada. Eu achava que era a sombra de um alguém que nunca existiu. Saudades, paixão, emoções que sempre acreditei viver. Nada, pois nada faz parte de nada. E quando olhei para o relógio atrás dela, com seus cabelos lisos artificialmente que sempre amei por entre os meus dedos. A cor chamativa, foi quase um relance de uma fração de segundos para perceber que ainda eram 23:31 e eu tinha descoberto que não tinha como sentir nada. Nem por ela, nem por mais ninguém. Eu havia descoberto, mesmo frente a tudo que sempre quis, que não era capaz. Eu não tinha coração...

Um comentário:

  1. É ruim demais perder de vista os referenciais...

    Também não gosto de tempo nublado, prefiro que a chuva caia de vez.

    E são 23h08.

    ;)

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