Compartilhe e Siga-nos!

sábado, 4 de setembro de 2010

QUANDO ADOLESCENTE


Diferente da felicidade da menina ao receber o coração na imagem ao lado isso nunca acontecia comigo.
Adolescência, como poderia descrever esta fase tão conturbada, tão estranha e cheia de conflitos? Quando passei por ela era tudo tão estranho! Eu, com uma cara cheia de espinhas e sem qualquer chance de conseguir uma parceira para se vangloriar. Sim, era terrível. Digamos que as minhas chances de sair com uma menina nesta fase era uma pior que a de alguém ganhar na Mega-Sena hoje. É, porque mesmo estatisticamente ainda ha margem de erro, a minha não tinha. De dez investidas era certo pelo menos onze “não”. Sempre tinha uma que gostava de acentuar bem.
Eu me importava muito. Até porque, todos os caras que conhecia estavam começando a namorar e eu, nem beijar tinha beijado. Nossa, como era chato isso. Mas até quando eu tentava elogiar alguém eu não conseguia. Uma vez tentei dizer para uma garota que não importava a roupa que usava, ela estaria sempre linda, pois ela deixava a roupa bonita. Viu, aqui até pareceu inteligente, educado, e galanteador, talvez um pouco. Quando eu tentei falar isso, a menina entendeu que ela se vestia mal, e mesmo qualquer outra roupa linda, ela ainda seria a mesma! Foi um desastre. Eu era terrível. Nas festinhas do colégio tinha sempre que dançar com a professora, quem iria querer eu? Ninguém! Então eu ficava na minha, tentando abordar, criar uma abordagem legal, que me desse ao menos o benefício de tocar a mão de uma menina. Tudo era frustrado, até mesmo quando um colega, da época tentando “ajudar”, sim, ajudar segundo ele, pois eu gostava de uma menina que ele conhecia, o cara teve a coragem de ir falar com a garota “por favor” e palavras do tipo “coitado”. Credo, foi horrível, mas ele teve boas intenções, ( no inferno ta cheio).
Bom, assim segui minha adolescência. Vendo os pares se formando e eu sobrando. Eu não era o patinho feio. Da forma como me olhavam eu era um ornitorrinco, não sabia se era ave ou mamífero. Quem me dera se fosse ao menos um sapo, pois com um beijo poderia virar um príncipe, mas também estava mais para girino! Então, para me afugentar destas coisas decidi ignorar. Só depois de todas as investidas possíveis comecei a escrever músicas, histórias e estudar, como um bom CDF. E assim com o tempo me livrei das espinhas, e desta “maldição”. Sim, somente depois desta fase, quando já era um jovem adulto!

4 comentários:

  1. Eu conheço essas histórias, não sei porque mas elas me são familiares, eu sempre leio esse Blog pot isso, primeira vez que eu deixo um comentário eu acho !

    ResponderExcluir
  2. Caro escritor
    O tempo ainda é o melhor remédio, não ha nada que não cure ou passe, rss...

    ResponderExcluir
  3. Amei o texto amor em papelão do mês de abril!!!Muito bem redigido e muito criativo!Adorei ver o texto escrito escrito em papelão!Achei uma forma maravilhosa de escrever e idéia do texto foi muito bem colocada!PARABÉNS!!!!!Valéria Medeiros

    ResponderExcluir
  4. muita coragem suas memórias!!!! te admiro por isso!!!

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Compartilhe nas Redes Sociais