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sábado, 4 de setembro de 2010

MEU VÍCIO QUASE MATA




Quando criança eu era um viciado. Sim, e não tenho vergonha de relatar isso aqui. Era viciado em vídeo-game. Ah, se era! Não tive o Atari, era caro e um pouco ultrapassado até mesmo para mim. Mas tive um Dynavision III! Não era o II ou o I era o III. (grandes merdas de 8 bits. Bom, mas era meu e curtia muito Mário Bros III entre outro joguinhos.)
Para ter um tempo só com ele valia tudo: fingir está doente, matar aula, acordar na madrugada para jogar e até mesmo levar, numa tentativa frustrada para o banheiro e assim poder jogar em paz. Tudo isso era válido, mas uma das piores coisas que já fiz para nunca ser atrapalhado neste momento único que era matar o chefão e passar da final foi na casa de um amigo.
A gente sempre se juntava para jogar, e quando isso acontecia tudo era motivo para rir, rir mesmo, de ficar sem ar depois. Mesmo sem saber o que era ao certo. Pois bem, foi assim nosso grande erro. Nós tínhamos muitos coleguinhas que queriam somente jogar com a gente, mas poxa, Mário Bros só dar no máximo para duas pessoas, então loucamente, depois de varias vezes ter de atender a porta de ferro com um desses chamando, tivemos a infeliz idéia de nos defender dos chatos.
Pegamos um fio do abajur, cortamos e uma das pontas colocamos na tomada. (ficou bonitinho, tínhamos futuro como eletricistas.) E a outra parte na maçaneta de ferro da porta. Pronto, a coisa estava feita. Quando o primeiro mala colocou a mão na maçaneta recebeu uma descarga de energia que com um grito meio pra dentro, muito doido largou e saiu chorando sem entender o que havia acontecido. Ríamos tanto disso, depois foram outros, e largavam, eram gordinhos, talvez a carne deles ajudavam a conseguir largar. Mas o pior aconteceu. A gente se divertia com isso, até que a irmã caçula dele chegou. Gente, a garota devia ter no máximo 9 ou 8 anos. Quando ela colocou a mão na maçaneta, ela ficou presa. Seus cabelos que já não eram lá bons conseguiram piorar. Ela gritava! E parecia até que as pontas dos cabelos já fumegavam quando eu olhei para ele e falei pra desligar o troço! Eu pensei: vai morrer! Ele numa atitude mais estranha que já vi, levantou, largou o controle do vídeo-game no sofá e correu para o banheiro! Ele entrou, fiquei esperando alguma resposta a ação dele. Nada! Ele se trancou e ficou por lá enquanto a irmã dele virava torrada! Eu sem pensar muito, peguei uma vassoura e lasquei no fio para ela largar. Consegui, a garota caiu no chão meio desacordada, mas no fim estava bem. Recobrou os sentidos umas duas horas depois.
O pior de tudo nisso, foi a reação dele! Depois fiquei perguntando. Cara, o que você foi fazer no banheiro! E até hoje não entendi, pois nem ele sabia ao certo o que foi fazer lá!
Um conto de um viciado em vídeo-game. Nunca deveria ter feito isso, a irmã dele, bem, acho que o choque lhe fez algum mal!

3 comentários:

  1. haha eu tinha um Phantom System! bons tempos.

    Abraço!
    Gustavo
    http://www.historiasparaobanheiro.com

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  2. Tive um Turbo Game.
    Li algo interessante um dia desses.
    Bons tempos que eu jogava video game. Agora fico reclamando da qualidade de video deste simulador de guerra...

    Eu queria ver a mulecada de hoje jogando "Contra" ao invéz de Call of duty...
    O pior desse conto estou tentando acreditar que não foi real.
    Muito bom mesmo.
    Abraço

    Maiquel
    http://dontcry-pive.blogspot.com/

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  3. kkkkkkkkkkkk, adorei!!!! tive um atari , ele era demais!!!!!!!!!!!

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