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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

MEU PRIMEIRO CARRO



Quem já teve um carro ou nunca pensou em ter? Eu, no decorrer de minha vida, vi muitos conhecidos aprenderem a dirigir comprarem carro. Sim, e para muitos é uma plataforma da ascensão social conquistada. Eu nunca havia me atentado em ter um carro. De verdade, tive oportunidades quando mais jovem de até ter, mas não achei válido. Depois de um tempo vendo os conhecidos comprarem e achar verdadeiramente útil obter um, entrei na empreitada de ter um quatro rodas.





Bom, a primeira coisa que defini, era que não poderia ser branco e deveria ser um carro velho. Como não seria, se eu imaginava que carros velhos eram muito, mas muito barato? O primeiro da lista era o Impala 1967. Cara, o carro é lindo. Eu o amo! Quero até hoje, mas pesquisando preços, descobri que fugia, mesmo sendo antigo, dos meus padrões. Muito caro! Então, comecei a cair de nível, ir para os velhos e feios!



Andei em feiras e via apenas carros quadrados, parecendo ser de uma caixa de lego, e cada vez mais feios. Até que, numa feira destas de rua, que acontecem em dias misteriosos (todos os domingos) em lugares secretos (frente ao colégio Madre Tereza em Realengo) que vi um carro que me chamou a atenção. Era quadrado, sei disto, mas até que estava inteiro e o melhor de tudo, barato.
Peguei telefone do cara, conversei, mas como não conheço carros (nada mesmo) decidi chamar um amigo que conhece bem, e fui até a casa dele buscá-lo, era próximo. Nossa, coração saltando pela boca e não era pela casa dele ser um pouco longe caminhando e eu pegando muito sol. Era excitação, pura excitação. Cheguei lá, o esperei e o levei. É meu! Meu primeiro carro! Quando falei com o carinha, o filho de uma mulher íntegra já havia vendido.


A excitação já era, foi de 100 a 0. É, né. Fui traído pelo capitalismo, lei da oferta. Foi aí que, já triste e desolado dei mais uma voltinha pelo lugar. Reparei um carrinho velho com algumas multas, mas nada demais. Quase fechando com este ultimo, menos quadrado. Aí, como quem surge do nada vi uma luz branca no fim do túnel, (na verdade do outro lado da calçada, vamos ser realista) era um lindo Logus 1996. Brilhava, e brilhava muito, o sol estava de rachar. Fomos até ele, pensando que seria muito caro, mas fomos, como um ultimo suspiro de um ato agonizante. Ao chegar, vimos que o preço era bom, o carro estava legal e o melhor, tinha ar condicionado gelando! Fora o Kit gás, a lataria inteira estas coisas, mas o ar, ah este é tudo!



Fechamos acordo. Marcamos e no dia seguinte fui buscar o carro. Uau! Eu de carro! Nunca havia pensado nisto! Fomos, pagamos e levamos o carro! Doido para chegar em casa, já que eu ainda nem tinha sentado direito no banco do piloto. Chegamos, paramos em casa e então tive a oportunidade de sentar com a chave do carro na minha mão e colocar em sua entrada! Ah sim, já havia até batizado meu loguinhos, se chama Luna! Mesmo sendo branca, tocou meu coração! E meu bolso! Girei a chave, ela fez um som de introdução de corrida e não saiu do lugar. Não por defeito, mais pelo motorista, já que eu não sei dirigir ainda.
Meu primeiro carro, Luna, com seu primeiro motorista que não sabe dirigir.

Um comentário:

  1. Sorte a sua que o "filho de uma mulher íntegra" inteferiu no seu destino...kkkkk.Muito boa essa história.

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