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domingo, 13 de junho de 2010

NUNCA MAIS PEÇO EM NAMORO!!!


Nunca mais eu peço em namoro!

Como já contei a história do meu nome, acho então justo relatar aqui a minha primeira experiência romântica. Eu quando criança era um garoto gordinho. Não destes feios ou exagerados, não. Eu era até charmosinho, bom, ao menos minhas tias diziam. Droga, como elas nos iludem. E por volta dos meus seis anos ou sete, gostava de desenhar, adorava ficar na calçada da minha rua desenhando em folhas de ofício. Desenhava tudo que me viesse à cabeça. Urso, dragão, heróis, pessoas e por aí vai à lista. Até que nesta época, uma coisa muito em moda era fazer papel de cartas! Nossa, era meio gay, mas era moda e sabe como é, né! Eu ficava reproduzindo os desenhos do cartão, muita gente gostava. Era a única forma de se socializar, já que eu era muito pacato.
Neste mesmo ano, eu conheci uma menina chamada Greice. Sim, o nome é estranho de escrever dói até os ouvidos quando a gente fala Greice! Com “R”. Mas era assim mesmo, e posso afirmar que o nome não condiz com sua beleza! Nossa! Era linda, de olhos claros, branquinha, cabelos dourados! Hum... Meu sonho para namorar, mesmo não tendo idéia de como faria isso, já que não sabia muito bem. Eu estava entrando naquela fase onde todos os meninos querem muito uma garota, mas não fazem idéia do que fará depois que a ter. Por isso que viram pais fáceis. Bom, continuando: Eu inventei de fazer uma cartinha para ela, nossa que romântico! Eu jamais iria falar com ela, já não falava com as pessoas que conhecia! E fiz. Pronto, com um belo desenho, e uma pergunta bem direta. “Gostaria de namorar comigo?” E embaixo havia duas respostas com um quadradinho para responder: O primeiro SIM e o segundo NÃO.
Eu pedi para um amigo entregar a carta. Fiquei na ansiedade, sabe como é, será? Bom, ele foi, entregou e logo foi chamado para devolver. Nossa! Pensei! Será que já tem uma resposta? E qual será? Boa? Má? Ele veio com a carta. Eu pacientemente abri com as mãos trêmulas e suando muito. O primeiro quadrado não tinha nada. Era o do SIM. Pronto, levei o meu primeiro não. O segundo quadrado não tinha nada! Xi, será que esqueceu? Vai pensar? Até que o meu colega me atentou para mais embaixo onde tinha um terceiro quadrado escrito DEUS ME LIVRE.
É. As coisas não poderiam ser tão fáceis, eu recebi meu primeiro não com a benção de Deus. Parece até uma coisa meio monárquica, mas foi assim o meu primeiro não, com Deus no meio do pedido dela. E daí em diante prometi a nunca mais pedir ninguém em namoro... Até uns seis ou sete anos mais tarde recomeçar...

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