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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

O BANCO DE TRÁS

                     O rapaz entrou no ônibus. Pagou ao trocador o valor correta da passagem e passou pela roleta quase frente a porta. Antes de sentar-se em um dos vários lugares vazios que se apresentava para ele, passou um olhar pesquisador nos bancos de trás. Ele nunca havia gostado de sentar-se no banco de trás, mas por um motivo especial ele gostaria naquela hora.
Sentou-se no segundo banco que viu. Olhou para a janela e por um instante, a visão do banco de trás voltou a sua cabeça. Como ele gostaria de sentar ali atrás. Era quase uma obsessão se não houvesse um motivo. Um motivo de cabelos encaracolados... lisos... louros... escuros para se lembrar. O rapaz, mesmo com seus olhos voltados para frente, a cada curva feita pelo motorista, sua mente ainda estava no banco de trás, mas não no de agora. Ele podia se ver no banco. Sentia felicidade... medo... tristeza... raiva... amor.
O tempo passava e logo teria de esquecer o banco de trás, pois desceria. Então, quando próximo de seu destino, levantou. Passou uma olhada descarada e sem rodeios no banco de trás que não estava ocupado e pode perceber a lembrança... alegria... dor... solidão.
                             Logo saiu do ônibus. Deu uma ultima olhada para ele, e seguiu seu caminho.  

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